Quando alguém pára e reflete através da incrível quantidade de seres humanos que foram vendidos como escravos, principalmente durante 1650 a 1850, pode-se compreender que isto era uma parte de um processo muito grande. Milhões de pessoas foram compradas em África como escravos em troca de mercadorias européias, com armas de fogo, tecidos, barras de ferro, utensílios de cobre ou aguardente. Essas pessoas foram transportadas posteriormente para a América, onde trabalhavam gratuitamente para os proprietários de minas ou plantações e criaram no continente americano poderosa riqueza em mercadorias como açucar, tabaco, algodão, rum, ouro, prata e pedras preciosas. Essas mercadorias eram transportadas por sua vez para a Europa e vendidas de forma muito lucrativa. Uma parte do lucro dessas transacões era reinvestido nas fábricas na Europa e novas mercadorias européias eram transportadas para a África para a compra de mais escravos. A este comércio, usa chamar-se de o Triângulo do Comércio ou o Círculo do Comércio.
Triângulo do Comércio
O papel especial dos escravos neste ciclo de criacão de riqueza não deve ser esquecido. Os escravos não eram negros ignorantes e preguiçosos que só serviam para serem utilisados como simples ferramentas, como dizem historiadores racistas. Os escravos eram na verdade gente trabalhadora que tinah sido raptada, camponeses e artesãos com um espectro muito amplo de conhecimento profissional. Os seus conhecimentos em diferentes profissões foram na realidade muito decisivo para o progresso nas minas e plantacões. Eles trabalhavam como carpinteiros, pedreiros, agricultores, calcetadores, ferreiros, pintores, marceneiros, ourives e artistas e muito mais. A destreza e o conhecimento básico profissional tinham eles trazidos das suas terras de origem.
Detrás do Triângulo do Comércio estavam as monarquias européias, a Igreja e em parte outros financiadores. Os reis vendiam autorizações para a prática do comércio de escravos ou financiavam esse comércio com dinheiro próprio. Por outro lado membros das classes superiores, nobreza ou a classe burguesa, formavam companhias com a bencão da Casa Real, compravam a licença real e entravam no negócio do comércio de escravos. Muitos deles eram proprietários de navios ou estaleiros de barcos, fabricantes de armas ou tecidos na Europa e proprietários de minas e plantações na América. Fonte: http://migre.me/pA5ta
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