Nota: Indicação de leitura - Mais sobre Presença e silêncio da colônia à pós-modernidade: sina-is do personagem negro na literatura brasileira
Presença e Silêncio da colônia à pós-modernidade: sina-is do personagem negro na Literatura brasileira é um livro que analisa livros, e pela análise deles, ?lê? a sociedade brasileira, da colonial à pós-moderna que aí está. Seu foco é a presença do negro no arcabouço social, as resultantes de suas relações e os modos de repercussão desses fatos, no emprego, artístico ou não, da palavra escrita.
Modos que denunciam 500 anos de comprometimento da Literatura com textos não-estéticos, deles referendando ideologias dominantes e reverberando discursos hegemônicos, prova do seu envolvimento com a estrutura brancocêntrica interessada na perpetuação do establishement. Modos que nos levam a entender os porquês do abespinhamento da elite de hoje com o novo ethos do negro brasileiro, que na avaliação dela é uma ameaça à peça de ficção montada por si e seus antecessores, ao longo de séculos de dominação.
Da elite que, inconformada, interpreta como tentativas de transformar o Brasil numa nação bicolor, condições e pensamentos que possibilitam novos discursos e novas práticas sociais, esquecendo-se de que o Brasil é dividido em negros e brancos, pelo menos desde 1534, quando aqui chegaram, como escravos, os primeiros negros. Esquecendo-se de que a autoria desta divisão não é dos escravos, mas, sim, dos senhores, que não por acaso eram brancos e donos do poder; e da sociedade, deles delegatária da missão de preservar o status quo que transcende relações sociais do cotidiano, e norteia livros, principalmente, os de Literatura.
É neste aspecto que a Literatura desrespeita compromissos básicos, tacitamente assumidos com a pluralidade e a polissemia, e se transforma num eficaz mecanismo em prol dos interesses da classe dominante.
Modos que denunciam 500 anos de comprometimento da Literatura com textos não-estéticos, deles referendando ideologias dominantes e reverberando discursos hegemônicos, prova do seu envolvimento com a estrutura brancocêntrica interessada na perpetuação do establishement. Modos que nos levam a entender os porquês do abespinhamento da elite de hoje com o novo ethos do negro brasileiro, que na avaliação dela é uma ameaça à peça de ficção montada por si e seus antecessores, ao longo de séculos de dominação.
Da elite que, inconformada, interpreta como tentativas de transformar o Brasil numa nação bicolor, condições e pensamentos que possibilitam novos discursos e novas práticas sociais, esquecendo-se de que o Brasil é dividido em negros e brancos, pelo menos desde 1534, quando aqui chegaram, como escravos, os primeiros negros. Esquecendo-se de que a autoria desta divisão não é dos escravos, mas, sim, dos senhores, que não por acaso eram brancos e donos do poder; e da sociedade, deles delegatária da missão de preservar o status quo que transcende relações sociais do cotidiano, e norteia livros, principalmente, os de Literatura.
É neste aspecto que a Literatura desrespeita compromissos básicos, tacitamente assumidos com a pluralidade e a polissemia, e se transforma num eficaz mecanismo em prol dos interesses da classe dominante.
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