quarta-feira, 22 de abril de 2015

O ferro de marcação de escravos da Companhia da Guiné (Transcrição)

Após serem marcados os prisioneiros eram levados de volta à prisão, onde esperavam até serem levados para os navios negreiros que esperavam no porto. A viagem podia ser para uma fortaleza ou depósitos de escravos, construídas pelos países europeus ao longo da costa da África ou diretamente para a América. As primeiras grandes Fortalezas nas costas ocidentais da África chamavam-se São Jorge da Mina, mais tarde batizada de Elmina. Foi construida pelos portugueses entre os anos de 1481 a 1489, a uma distancia de 50 quilometros ao sul do Cape Coast no atual país Gana. O Rei de Portugal, D. João II que decidiu construir o forte enviou navios com 500 soldados, 100 trabalhadores de construção e tudo que era necessário em material de construção. O forte foi provido com torres altas, fosso cavadas na rocha e armado com 400 canhões. O forte Elmina foi construido para manter no cativeiro mil escravos! O tamanho e as propriedades da fortaleza demonstram claramente os grandes negócios com escravos que se planificavam. O rei D. João II recebeu do Papa Xisto IV o perdão de todos os pecados, para todos os cristãos que morressem em S. Jorge da Mina.
A viagem para a América era para as pessoas prisioneiras, uma viagem para o desconhecido. Nenhum dos escravos sabia o que aconteceria e muitos nunca antes tinham visto o mar. A bordo dos navio de escravos a vida era um inferno indescritível. Os escravos eram aprisionados com algemas de ferro, nas mãos e nos pés e obrigados para baixo para um logar nos porões do navio. Alí eram postos muito juntos, em um espaço pouco maior do que o proprio corpo ocupava. Os Porões eram separados em vários pisos, com uma altura, no geral, de mais ou menos 80 centímetros, nunca mais de um metro. Aqui os escravos eram obrigados a estarem deitados ou assentados. No navio negreiro inglês Brooks, a altura dos pisos onde os escravos eram encerrados era de 78 centímetros. O espaco para cada escravo masculino, no navio Brooks, era de 183 cm de comprimento por 40 cm de largura. Para as mulheres 175 x 40 cm, para rapazes 152 x 35 cm e meninas 137 x 30 cm. Em muitos navios negreiros os escravos era também presos com algemas em volta ao pescoço.

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